Lana Del Rey e Chuck Grant, Para a ‘NYLON Magazine’
- lanadelreyportugal
- 2 de out. de 2014
- 3 min de leitura
“Ninguém conhece tanto de uma rapariga como a sua própria irmã. Assim, para conseguir a história por detrás da fotógrafa Chuck Grant, a NYLON aproveitou, nada mais nada menos que a sua irmã mais velha, Lana Del Rey, para entrevistar a artista em ascensão — e tirar algumas fotos instantâneas dela.
“So sinto-me confortável com alguns profissionais a fotografarem-me; e a Lana está no topo dessa lista”, revela Grant. “Eu sou abençoada por poder colaborar com alguém que me inspira e me desafia a explorar o meu potencial no dia a dia.” Del Rey tem admiração mútua pela irmã: “Chuck capta o visual equivalente do que eu faço musicalmente”, diz ela. “Eu conheci muitos fotógrafos famosos, e a sua estética destaca-se como uma das mais interessantes e bem desenvolvidas.”
Claramente, o talento corre nos estilosos genes. Leia mais para ver o que as duas tinham a dizer sobre fotografia, moda, e ioga.
Descreva sua estética, quando se trata de fotografia.
O meu trabalho é muito gráfico e eu gosto do flash. A imagem tem que ser bonita e atraente, mas também incorporar humor nas minhas fotos. Eu diria que o meu estilo de documentário é de Belas Artes, que inclui fotógrafos como Philip-Lorca diCorcia e Tina Barney, que documentam a vida de pessoas realmente interessantes — diCorcia fez um projeto chamado Hustlers, onde ele conseguiu ajuda do governo para fotografar homens que se prostituíam. É um conceito forte para mim.
Qual a sessão fotográfica que tu mais gostas-te?
Eu gostei muito de fotografar famílias Mórmons em Utah, para a revista New York. Eles foram perfilando a classe criativa dentro da subcultura Mórmon.
Isso tem muito a ver contigo; quando penso em ti, penso em subculturas.
É algo pelo qual eu passei bastante tempo a falar, então é natural que esses tipos de atribuições viessem a mim.
Agora que tu já passas-te algum tempo fotografar-me na estrada, e também passas-te os últimos anos a filmar um estilo de documentário, quais são os teus planos para o futuro?
Estou interessada em “mergulhar” no mundo da moda.
Isso é um pouco estranho porque tu chegas-te lá agora, considerando que no ano passado tu foste certificada como professora de ioga e foste envolvida em vários treinos básicos de práticas orientais. Eu acho que tu podes ser atraída por algo mais sereno?
Eu sei! Mas agora eu quero trabalhar com pessoas que são inteligentes e sérias sobre a fotografia, e apresentar fotos que são sinceras e inspiradas pelo que eu estou interessada. Também sinto-me atualmente obrigada a incorporar a fé no meu trabalho, seja através de fotografia, ou pelo ensino do ioga. Eu acredito que tu precisas de ser um canal para o divino, e eu acho que ensinar ioga ou ter conversas inspiradas enchem a minha fotografia com um novo senso de propósito, que faz com que as fotos sejam ainda mais pessoais para mim.
Então, quem estarias interessada em fotografar no mundo da moda?
Alguém como Lupita Nyong’o para Cistanthe, uma marca bela e relevante culturalmente.
Existem campanhas de moda que você tenhas gostado?
Eu amo a Juergen Teller para a Marc Jacobs. Juergen gosta de fotografar celebridades, de formas chocantes. Então, quando ele fotografou [modelos] não convencionais para Marc Jacobs, eu achei que foi um marco, tanto para ele, como para a marca.
Isso me faz lembrar um de teus projetos sobre uma ex-executiva corporativa e antiga adolescente, que usava riscas cor-de-rosa no seu cabelo e saía com homens muito mais jovens.
Sim, eu me lembro de andar no apartamento de Tina e perceber que todo o seu mundo já tinha sido muito bem concebido — era impossível tirar uma foto ruim. O mesmo aconteceu quando eu estava filmando Leandra Medine para o blog dela, Man Repeller. Ela sabia exatamente quem era, e eu gostei disso.
Tu disses-te antes que gostas de simbolismo e simetria na fotografia. Por que razão?
Eu acho que qualquer pessoa pode tirar uma fotografia, mas acredito que não existe uma composição perfeita. Eu gosto quando os objetos em um frame contam a sua própria história e contem uma narrativa. Cartier-Bresson, ou qualquer um desses fotógrafos de rua, como Friedlander, ainda são tão relevantes hoje, porque o seu conteúdo foi muito marcante e importante. Mas, quase mais importante que isso, era a forma e beleza encontradas na sua composição. Eu me esforço para isso."
POdes conferiri todas a fotografias do ensaio fotográfico, clicando aqui.
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