Lana Del Rey Para a Edição de Janeiro da Revista 'Galore Mag'
- lanadelreyportugal
- 5 de dez. de 2014
- 7 min de leitura
Lana Del Rey é capa da edição de Janeiro de 2015 da revista 'Galore Mag'. A cantora que pousou para as lentes do seu namorado e fotógrafo Francesco Carrozini, responsavel por outros ensaios fotográficos, como para a revisat 'L' Uomo Vogue'. Confere todas fotografias do ensaio fotográfico na nossa página do Facebook (clicando aqui), e podes também ler a entrevista completa, que Chuck Grant fez á sua irmã Lana, mais em baixo:
Esta capa marca o segundo aniversário da Galore. Estamos a comemorar com alguém muito especial, a nossa cantora favorita Lana Del Rey, que sentimos que encarna todo o carisma e apelo sexual que amamos na Galore. Fotografada pelo seu namorado Francesco Carrozzini na praia em Malibu, e na sua casa, em Los Angeles, Califórnia. O ensaio clássico irradia o glamour atemporal de Lana e da beleza poética e misteriosa da sua música, também em parceria com o artista Faile como fizeram todos os gráficos incríveis e arte para esta edição especial, esperamos que você goste.
CG: Tu estás trabalhar em algo novo?
LDR: Sim, eu escrevi duas canções para o filme de Tim Burton e Harvey Weinstein chamado “Big Eyes” e eu estou a trabalhar num novo disco. Eu também estou sempre a escrever pequenas peças para filmes independentes etc. Dan Heath e Rick Nowels são dois dos meus amigos mais queridos e produtores, e estamos sempre a aprontar alguma coisa.
CG: Onde tu moras e quantos carros tu tens?
LDR: Eu moro em Koreatown, no leste de Los Angeles e eu tenho dois carros da Jaguar.
CG: Quais os cantores que tu ouves?
LDR: Eu ouço KJazz no meu telemóvel, onde quer que eu esteja. Essa é a única coisa que eu escuto.
CG: Com quem tu te dás bem no mundo musical?
LDR: Eu me dou bem com Azealia Banks, porque eu e ela tenho as mesmas inclinações artísticas e o mesmo gosto para homens.
CG: Quem é que tu achas que estás conectada na música num nível psíquico e psicológico?
LDR: “Cat Power” e “Father John Misty”.
CG: Com quem ti mais te relaciona em termos da tua carreira agora?
LDR: Lil Kim.
CG: O que é que tu amas?
LDR: Eu amo a praia. Eu amo quando eu tenho esses momentos raros em que eu simplesmente desligo e não me preocupo com nada – talvez coloco o rádio ligado, conduzo de carro de Los Angeles para Santa Barbara. Talvez conduzo um barco ao longo da costa. Também gosto de escrever, de tarde á noite, perto de Wilshire Boulevard.
CG: Eu sei que quando tu moraste em Nova Iorque por 8 anos tu disseste que nunca irias sair da li, o que aconteceu?
LDR: Eu amei Nova Iorque. Quando eu estava lá era quase a minha única fonte de inspiração, mais do que qualquer outro homem, escritor ou rapper, mas é mais difícil para mim estar lá agora. Eu costumava dar longas caminhadas à noite sobre a ponte de Williamsburg, ir a todos os restaurantes de 24 horas com $5 e implorar para os empregados para me deixarem ficar a noite toda em troca da compra de uma fatia de bolo de chocolate gigante. Eu ficava horas e lia sobre pessoas interessantes, como Karl Lagerfeld e ouvia audiobooks de Tony Robins que me faziam companhia. Gostava de apanhar o comboio para Coney Island, e apanhar de novo o comboio de volta para o Bronx, onde eu morava no Hughes Avenue.
CG: Eu pergunto-me quantos cadernos tu preencheste nesses passeios de comboio…
LDR: Muitos.
CG: Para registo, eu amei aquele aquário de peixes, que tu me deste no meu aniversário de 19 anos. Eu acredito que o tema foi ‘Chinatown’. Agora, eu sei que tu não gostas de falar sobre isso, porque os jornalistas têm uma espécie de dúvida sobre o teu passado, mas vamos falar sobre o trailer em que tu viveste por alguns anos – eu fotografei-te lá quando tu tinhas 22 anos e continuei a fotografar-te lá por alguns anos, enquanto tu estavas a escrever, a divertirte e envolvendo-se com o teu álbum de David Kahne. Tu eras tão doce e feliz que tu tiveste o teu próprio lugar para escrever e morar, e dinheiro extra com os 10.000 dólares do contrato com a gravadora independente. Foi também um momento triste para tu, porque tu te separaste de Steven Mertens que tinha originalmente produzido esse disco e que era o teu namorado na época. Eu realmente não tenho que te perguntar isto porque, como tua irmã, eu acho que eu já sei, mas tu dirias que esse foi o seu momento mais enriquecedor como artista e mais feliz em Nova Iorque (apesar da separação de Steven).
LDR: [Sorriso] Sim.
CG: Tu lembraste da decoração do estúdio de David Kahne? Lembro-me de estar sentada ao lado de uma urna decorativa durante uma das tuas sessões de gravação. Mesmo agora, tu vais trazer fitas ou laços ou ícones específicos para sessões de gravação. O quanto importante é que o teu espaço reflete sobre o teu estilo pessoal?
LDR: Eu honestamente não tenho pensado nisso há tanto tempo. Eu costumava ter que ter algum tipo de talismã comigo e se eu estava escrevendo. Algo ligado às letras como uma faísca ou um espelho-compacto de ouro no momento em que era realmente importante. Agora eu tenho internalizado tanto do que eu passei a amar que eu não penso nisso como grande coisa.
CG: Por que algumas pessoas dão-te tanto com o que se preocupar?
LDR: Eu escolhi escrever sobre o que eu sei. Eu optei por não discutir essas histórias distantes da minha música. Isso não faz as coisas mais fáceis para mim publicamente ou em entrevistas, e eu faço entrevistas porque eu acredito que a música é boa o suficiente para me apoiar da melhor forma possível. Às vezes quando as coisas que tu dizes e a forma que tu aparentas não se encaixam – as pessoas são rápidas em rotular-te como impessoal ou sentem que tu não representas as experiências de vida que tiveste. Eles não são profundos o bastante pra sentir intuição
CG: Eu sei, tu me disseste pessoalmente, que estavas grata pelo teu tempo gasto com Jon Parales do New York Times, o que fez que a experiência melhor do que o resto?
LDR: Por um lado, ele tinha boas maneiras. Ele era articulado e perspicaz e ciente de que eu não tinha feito entrevistas por um ano. Ele fez o que muita gente não pode fazer, que é aferir o que uma pessoa é através da intuição e sentimento. Também conhecido como ler nas entrelinhas. Ele tem a sua própria bússola moral interna e não tinha nada a ganhar dizendo mentiras
CG: Apesar das dificuldades que tu tiveste e a relação tumultuada com a mídia, parece que as pessoas que realmente ouviram o teu álbum concordam unanimemente que Ultraviolence é rico em belas melodias e intransigentemente fiel à sua inata estética, descreve o teu processo de escrita deste último álbum… foi significativamente diferente de escrever o teu primeiro?
LDR: Não realmente. Quando tu tens uma verdadeira estética natural, tudo vem do mesmo lugar e em continuo sentindo da mesma forma quando “explode”. Para mim, é o momento em que eu vou estar inspirada que é imprevisível. A “musa”, eu acho que tu poderias chamar assim. Eu poderia ter uma jogada de sorte com uma sequência perfeita de melodias melancólicas que vêm a mim. Ou eu poderia esperar por anos e não ouvir nada. É claro que eu sempre escrevo independente disso – mas isso é diferente de estar no fluxo e sem esforço canalizando rimas e ritmos etc.
CG: O que tu fazes quando a inspiração vem dificilmente?
LDR: Falar sobre inspiração só faz sentido quando tu estás a falar com alguém que verdadeiramente já esteve inspirado e criou algo a partir disso. É difícil quando eu não me sinto inspirada e isso normalmente é um sinal de que eu não esteja a viver a direito.
CG: Nós conversámos muito este ano sobre as nossas ligações pessoais a um poder superior, que tipo de papel a oração ou meditação tem no teu processo artístico?
LDR: Eu acho que eu diria que a coisa bonita sobre o sentimento ligado a algo maior é que mesmo no meu ponto mais baixo eu tenho sempre a sensação de que estou sendo cuidada.
CG: Eu vim contigo para Nashville este ano, juntamente com o nosso amigo de longa data e proprietário do Electric Lady, Lee Foster. Será que tu aproveitaste do teu tempo lá? Eu sei que para mim foi um sonho, nós três, vivendo naquelas pequenas cabines em Mount Juliette, banheira de hidromassagem no quarto, tentando fazer com que o caminhão saia para fora da lama, os lotes de flanela, dirigindo em Nashville todo dia… Tu sentiste que recebeste o que precisavas do ambiente?
LDR: Sim, antes de tudo, estava longe de casa, de modo que isso foi influente na sua própria maneira. Ter te a ti e a Lee e, claro, a emoção de trabalhar com Dan criou um bom ambiente. Ele deu-me aquele fuzz e buzz. Eu também conheci algumas meninas que eu amava, ou seja, Nikki Lane, que fotografou te para a Rolling Stone, acho eu? Ela era uma rapariga incrível. Eu amei o seu espírito e sua voz e todos nós íamos para boates juntos durante o meu tempo lá. Isso deu-me uma boa sensação acolhedora.
CG: Louco… Então, para finalizar, algum plano para o futuro?
LDR: Não propriamente.
CG: [Risos] Ok, bem, nós provavelmente devemos nos concentrar na estrada agora, as nossas 250 milhas em um I-97 estão quase a terminar. Qual episódio de Snapped que tu queres assistir? Eu estou vendo agora, é entre uma ex-stripper de com três namorados e uma apólice de seguro de vida, ou uma dupla de mãe e filha, cujo caso de assassinato é, provavelmente, uma obra para um filme da vida.
LDR: Temos tempo para ambos.
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