V Magazine: ‘Shades Of Cool’, artigo por James Franco
- lanadelreyportugal
- 31 de jan. de 2015
- 3 min de leitura
James Franco escreveu um artigo sobre Lana Del Rey para a V Magazine. James fala sobre as controvérsias à volta de Lana, fala do seu estilo, de uma ideia para um filme, entre outras coisas.
James Franco presta um tributo poético à sua musa e amiga, Lana Del Rey, “a ídola rainha de Miami, foi para Londres e voltou para uma triunfante volta tipo Hendrix”.
Houve um artigo no Huffing Post acerca de uma revolta no Twitter sobre uma nova cantora que ostensivamente ‘bombou’ no Saturday Night Live. Eu vi o vídeo, não foi bom. Ela não estava a fazer as passagens entre as notas altas e baixas de ‘Video Games’ suavamente, e ela não sabia o que fazer com a sua mão livre; apenas passou estranhamente pela sua cara e periodicamente tocou o seu cabelo ou levantou dois dedos enquanto cantava, ‘They say the world was meant for two’.
Juliette Lewis tweetou: ‘Uau, ver esta ‘cantora’ no SNL é como ver uma criança de 12 anos no seu quarto enquanto finge cantar e atuar #signofourtimes’.
Na semana seguinte, o membro de elenco do SNL Kristen Wiig fez uma imitação da Lana no ‘Weekend Update’ como uma resposta – ela captou a sua presença, a voz, e até o ‘lip curl’: ‘Eu pensei [ter cantado duas músicas] mas com base na resposta do público [à minha performance], eu devo ter batido numa foca bebé enquanto cantava o hino nacional Talibã.’ ‘Eu acho que as pessoas acharam-me demasiado rígida, distante e estranha, mas existe uma perfeita e boa explicação para isso: Eu sou rígida, distante e estranha. É a minha ‘coisa’.’
É de facto uma ‘coisa’ da Lana. Ela é estranha. Mas de qualquer forma, ela nunca quis ser uma cantora que canta ao vivo. Se ela pudesse, ela tinha feito a sua música, e os seus vídeos, no seu quarto para sempre.
Este é um poema sobre Lana Del Rey.
Isto é uma composição sobre Lana Del Rey.
A Lana tornou-se minha amiga. Ela é uma cantora que é uma poeta e artista de vídeo.
Ela cresceu na costa este mas ela é uma artista da costa oeste.
Quando eu vejo as coisas dela, quando eu as ouço, eu sou lembrado de tudo o que eu gosto acerca de Los Angeles. Sou sugado para uma longa galeria de figuras de culto de Los Angeles, e pessoas de culto, toda a noite como vampiros e motards.
A única diferença entre mim e a Lana é a sua voz assombrosa, que carrega tudo. A voz é o eixo central em que tudo se estende. O meu eixo, tal como a voz é para ela, é a minha representação. Fora dele, eu faço tudo o resto.
Eu não gosto de vampiros nem motards na minha vida, mas gosto deles na minha arte.
A Lana vive na sua arte e quando ela desce à Terra para dar entrevistas, torna-se confuso, pois ela não foi feita para esta Terra. Ela foi feita para viver no mundo que ela criou. Ela já foi tão desapontada pela vida que ela teve de criar o seu próprio mundo. Deixem-na apenas viver nele.
Eu sou um artista, ela é uma artista.
A ‘coisa’ sobre cantores, especialmente aqueles que escrevem as suas próprias letras, é que toda a gente lê a pessoa pelas músicas. Um ator é às vezes associado aos seus papeis, personagens, mas uma cantora é questionada pelas suas letras como se elas fossem frases diretas sobre os seus pensamentos e sentimentos.
Algumas vezes, Lana não sabe o que dizer em entrevistas, então ela diz que as músicas são ela e não as suas criações.
Ela tem esta ideia para um filme. Eu quero fazê-lo porque é ligeiramente parecido com ‘Sunset Boulevard’. Uma mulher está sozinha na sua grande casa em L.A. Ela não quer sair, começa a ficar louca e torna-se paranoica pois ela pensa que as pessoas estão a vê-la, até mesmo na sua própria casa. É como um fantástico filme de classe B que vive na cabeça da Lana. É sobre ela, mas não é sobre ela. Tal como a sua música.
Eu quis entrevistá-la para um livro e ela disse: ‘Apenas escreve à minha volta, é melhor se não forem as minhas próprias palavras. É até melhor se não conseguires uma ideia exata de mim, mas tenta.’
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