top of page
Buscar

Entrevista Beats 1 Zane Lowe

  • lanadelreyportugal
  • 10 de ago. de 2015
  • 5 min de leitura

Entrevista Beats 1 Zane Lowe

Hoje, dia 10/08, a Lana deu uma entrevista a Zane Lowe, locutor da radio Beats 1 da Apple, de forma a divulgar o primeiro single do Honeymoon, High By The Beach. A música foi tocada duas vezes bem como outras músicas da artista e também a própria Honeymoon.

É ótimo ouvir-te. Será muito ousado, Lana, dizer que este álbum veio bastante rápido? Quer dizer, passou um ano desde o último e nós estamos habituados a que os artistas que andam em tour por todo o mundo levem algum tempo, mas isso não aconteceu.



Sim, quer dizer, eu acho que lancei o primeiro álbum no primeiro mês de 2012 e depois lancei a edição Paradise, que teve 9 músicas adicionais, um ano depois. Tive algum tempo entre esse e o Ultraviolence, no entanto eu tenho feito algo sempre de 15 em 15 meses, então pareceu-me tempo suficiente.


Há algum momento em que tu penses “há algo em mim, tenho que o exprimir”?



Não, mas eu tiro sempre vantagem se me sinto inspirada porque tu não te sentes assim sempre.



Então e qual é o ponto de partida deste próximo álbum?



Eu acho que começa onde o outro acabou. Sentir-me que não estava muito cansada e sentir-me ainda inspirada de modo a que pudesse continuar, apenas quis tirar vantagem e ver onde iria dar. Eu não pensei que fosse dar a um álbum inteiro mas então, enquanto os meses foram passando, acho que Janeiro, realmente senti que…tive provavelmente 8 meses para escrever três quartos do álbum e achei que estava muito bom e que se poderia tornar verdadeiramente num álbum, porque sabes ‘mixar ‘ pode levar-me três meses. O álbum (Ultraviolence) saiu em Junho do ano passado mas eu andei a ‘mixar’ provavelmente durante oito semanas, porque quando estás a ‘mixar’ é tipo um escape para não pensares em mais nada, nas tecnicalidades, só a escrever.



Eu não sei como tu consegues fazer isso mas todas as músicas, todos os estilos, todos os sentimentos, todos os pedaços das músicas tem de encapsular tanta ‘vibe’ e isso não é fácil. Tipo tu podes sentar-te e anotar tudo o que tens na tua cabeça, libertá-lo do teu sistema e aí atingir a ‘vibe’ de uma música como a da Honeymoon, não é fácil.



Oh, como a da Honeymoon? Sim, quer dizer é muito específica, tipo reverbs retro e reverbs slap, distorção e depois misturar tudo para ter essa abundância.



Para músicas que te fazem imaginar elas são um pouco ‘agressivas’. Têm uma certa dureza.



Eu acho que elas são específicas, e isso fá-las serem um pouco agressivas.



Então temos do novo álbum da Lana Del Rey, Honeymoon, a música High By The Beach que é das músicas que mais ficam no ouvido. Faz parte de quem tu és musicalmente e o que criaste, mas é quase uma música de hip-hop.



Um pouco. Eu comecei pelo refrão, quer dizer, eu estava a conduzir bastante pela praia e esta é provavelmente uma das últimas músicas do álbum e eu gosto de como os refrões e as melodias tiveram uma vibe tipo Andrew Sisters, foi como se tivessem uma harmonia de seis partes. Até mesmo com as harmonias pareceu um pouco monótono mas então com a batida teve uma espécie de influência trap.



(Após tocar High By The Beach)

Como é a antecipação para lançares um álbum assim para o mundo? Porque tu podes fazê-lo da forma que quiseres, podes ir à tua própria conta e lançares imediatamente



É praticamente o que faço, eu normalmente nunca tenho muita antecipação. Eu tenho a minha própria conta no youtube mas nós publicamos os vídeos na conta da vevo normalmente. Eu gosto de publicar as fotos do vídeo primeiro e a seguir o vídeo.



Segues o que as pessoas dizem?



Sim, eu vejo o que dizem durante a semana.



Tu recomendas isso a novos artistas?



Se não leres os comentários, sim.

(Risos)



Quando eu penso na forma como as pessoas reagem às tuas músicas como fãs, eu incluído, há sempre uma fascinação pelas palavras, letras, pelas melodias. Quando estás a fazer música alguma vez trocas o processo e pensas “como é que as pessoas vão ouvir isto?” ou consegues bloquear isso tudo?



Eu sou bastante perspicaz, mas não no que as pessoas vão pensar. Eu tenho um ouvido bastante perspicaz no que diz respeito à minha própria estética e o que gosto de ouvir. Eu tenho algumas músicas que não gosto, que não fazem sentido com o tipo de genre do álbum em que estou a trabalhar. Eu normalmente escrevo bastantes músicas mas se elas não se encaixam com o tom do álbum elas ficam de fora.



Para onde é que essas músicas vão?



Elas ficam no estúdio do Rick. (risos)



Tu gostas de ouvir de novo essas músicas?



Não. Eu não gosto.



Uau. Tu podes colocar toda a tua energia numa música e deixá-la ir, isso é em parte bom numa forma estranha.



Acho que durante alguns anos eu senti que tinha sido uma perda de tempo mas agora é mais fácil deixá-las ir.



(Após Honeymoon tocar)

Como é que é, para as pessoas que estão a ouvir agora e não entendem, o caminho artístico como tu entendes? Que é tóxico e tem os seus altos e baixos?

Eu acho que é diferente para qualquer artista, há diferentes tipos de artistas. Para mim, foi escolher entre perguntas que eu tinha e uma forma de passar o tempo fazendo algo que eu amava fazer. Quando estás no meio de tudo isso é bastante diferente de quando estás na periferia. Mas, para mim, a atração de tudo isso, a fascinação é poder contar a minha história o que é importante para todos. E depois voltas atrás e pensas se queres continuar a fazer isto ou porque estás a fazer isto.



Tu tens essas dúvidas?



Sim, eu tive essas dúvidas. E depois eu pensei em não fazê-lo e até enquanto estava a pensar nisso eu ainda continuava a fazê-lo e foi aí que me apercebi que provavelmente irei estar sempre a fazê-lo.



E a tua família entende? E os teus amigos?



Sim, totalmente. Quer dizer, eles não entenderam, mas agora… É uma forma diferente de operar porque tu sabes que vais ter bastantes críticas e muitas pessoas devam dizer “então porque queres isso para ti?”.



Como tu disseste, não há escolha certo?



Bem, há definitivamente uma escolha mas eu já a fiz (risos) está feita está feita, já não há volta atrás (mais risos).



Tu pareces ter um certo equilíbrio entre a atenção que vem de seres uma artista do teu tipo, e tu pareces nem te importar. Eu disse isto aos rapazes antes, o que é bastante bom, que quando há uma foto de ti, e elas são bastante raras eu penso, tu és bastante discreta.



Quando tu fazes essa decisão de fazer álbuns a cada 15 meses… porque eu estou em tour muitas vezes também, eu estive em tour todos os anos durante cinco anos, tipo seis meses na estrada. O resto do tempo eu gosto de ser discreta (risos).



Cada vez que há uma foto tua com a tua família ou com o teu namorado tu apareces a sorrir e estás do tipo “eu não me importo”. O que é bastante bom porque tu vês bastantes artistas do tipo “sai da minha frente” e tu pareces assim abstraída disso.


Sim, eu pago-lhes para publicarem as fotos a sorrir e não as que estou a mandar todos embora. Isso ainda é possível.



É? Tu podes pagar-lhes? (risos)



Tu ainda consegues fazer isso, depende do dia.



Eu não tenho esse problema, ou dinheiro suficiente para lidar com esse problema.



Oh, não é assim tão caro (risos). Acho que ias conseguir pagar.

(Toca Video Games)


 
 
 

Comments


ASSISTE AO VIDEOCLIPE DE LUST FOR LIFE

AGRADECEMOS PELA TUA VISITA • LANA DEL REY: PORTUGAL

A TUA FONTE DE NOTÍCIAS SOBRE A CANTORA LANA DEL REY EM PORTUGAL

HOSTED BY WIX • THEME: DUA LIPA: PORTUGAL

bottom of page