NME: “O Som E Tristeza Permanecem Os Mesmos Nas 14 Elegantes Faixas”
- lanadelreyportugal
- 18 de set. de 2015
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Lana Del Rey lançou na última madrugada o seu terceiro e aguardado álbum Honeymoon, e alguns sites especializados na critica já começaram a publicar as suas reviews do mesmo. Segundo Dan Stubbs, da revista NME, o álbum mantem o mesmo som e tristeza nas 14 faixas e que traz algumas músicas, como God Knows I Tried e Terence Loves You, excelentes para a banda sonora de um filme do James Bond. Confere a tradução do artigo, em baixo:
No início deste ano, Lana Del Rey disse que o seu terceiro álbum ‘Honeymoon‘ seria “muito diferente” do anterior, ‘Ultraviolence‘ de 2014.
Naquele álbum vimos a cantora de “Video Games” trabalhar com o vocalista dos The Black Keys, Dan Auerbach, para despir os elementos mais modernos do “Born To Die” em troca de uma sensação vintage e esfumaçada. A constante era a personagem que Del Rey — nome verdadeiro Lizzie Grant — fomentou: a mórbida femme fatale, um adicional extra de um filme de Tim Burton, o sensual rosto de tristeza.
Após três álbuns, o desafio de ‘Honeymoon‘ não é apenas reconectar-se com o público que foi ganho pelo “Born To Die“, mas também ver o quanto ela consegue desenvolver essa personagem antes que ela se torne caricata. É o álbum em que ela pode aumentar o seu mundo ou distribuir papéis a si mesma para sempre, mas as palavras “muito diferente” eram um exagero — bad boys, tristeza, mortalidade e o mito da Califórnia ainda estão no menu, mesmo se as suas batidas nítidas tragam o álbum de volta a 2015.
O vídeo tremido para a faixa-título mostra a cantora deitando-se numa serra ao lado de uma autoestrada, um livro desgastado nas mãos; a música soa como um tema para um deserto filme do James Bond dirigido por Lars Von Trier. Del Rey, aparentemente, esteve entre as opções para a música-tema de Spectre, e bandas sonoras de espionagem fazem parte da maioria do álbum, desde a absorta ‘God Knows I Tried’ até a calmamente e poderosa ‘Terence Loves You’. Fora do modo-Bond, o clima é sensual e torturado, o ritmo lento e intenso, mesmo quando sustentado por batidas de hip hop que influenciaram canções como ‘High By The Beach’.
Inebriante de ouvir, ‘Honeymoon‘ é projetado para o brilho dos néons vermelhos de um sombrio cabaret, uma resposta californiana às canções tradicionais. As uas letras são puxadas das garras da tragédia, e as suas melodias evocam o inquieto estado entre a vigília e o sonho. Lana parece mais frágil e mais humana neste momento. E isso faz-te pensar: talvez não seja uma personagem, afinal.
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