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BLITZ: “Quem Tem Medo De Lana Del Rey”

  • lanadelreyportugal
  • 10 de nov. de 2015
  • 5 min de leitura

BLITZ: “Quem Tem Medo De Lana Del Rey”

A revista de música portuguesa BLITZ, publicou nesta edição de Novembro um artigo de quatro páginas sobre a Lana Del Rey. No artigo, o jornalista Mário Rui faz uma retrospectiva da carreira da cantora, desde a época em que era apenas Lizzy Grant até agora, passando pelo lançamento o álbum Born To Die, como a polémica do SNL entre outros. Lê o artigo, em baixo:


Passaram-se três anos desde que Elizabeth Grant saiu do anonimato e saltou para a ribalta com um álbum que incluía as canções que fizeram dela a queridinha do mundo indie e aquelas que a tornaram um sucesso comercial a nível global. “Video Games” e “Blue Jeans” insuflaram uma nova vida em Lana Del Rey, mas a artista norte-americana, hoje com 30 anos, já tinha tentado a sorte em 2010 com um primeiro disco – intitulado Lana Del Ray a.k.a. Lizzy Grant – disponibilizado digitalmente mas retirado três meses depois. Del Rey nunca explicou bem as razões que a levaram a tirar o disco do mercado, mas dois anos depois apresentar-se-ia com uma imagem bastante diferente e uma sonoridade bem afastada daquela que apresentara na estreia. A artista alimenta até hoje uma certa aura de secretismo em seu redor e são cada vez mais raros as entrevistas que dá… Quem é, afinal, Lana Del Rey?


1. A nova musa indie

O fenómeno Lana Del Rey começou quando a artista partilhou no Youtube o vídeo caseiro que realizou para “Video Games”, no verão de 2011. O teledisco juntava imagens da própria cantora, filmadas com uma webcam, a excertos de vídeos de skaters, filmes antigos, desenhos animados e imagens da atriz Paz de la Huerta, a cair de bêbada, frente ás objectivas dos paparazzis. O cariz amador do vídeo e o ambiente cinematográfico da canção chamaram a atenção do melómanos mais atentos e rapidamente Del Rey começou a ser apontada como uma nova musa de música independente. “Blue Jeans”, o tema que divulgou de seguida, ajudaria a fazer crescer o fenómeno e poucos meses depois de ser “descoberta” pela editora Strange Records assinaria contratos com a Interscope e a Polydor, ambas pertença da major Universa, para gravar um segundo álbum (no fundo, o disco de estreia enquanto Lana Del Rey). Quando, em Dezembro, divulgou “Born To Die”, em antecipação do longa-duração com o mesmo nome, começou a sua queda aos olhos daqueles que primeiro a abraçaram e iniciou-se uma nova etapa rumo ao sucesso comercial.


2. O SNLgate e o mergulho no mainstream

A receção a “Born To Die” pode não ter sido particularmente calorosa, mas ainda antes de o álbum ser editado, no final de Janeiro de 2012, a artista deu o verdadeiro “passo em falso”. A sua participação no programa televisivo de humor Saturday Night Live, a 14 de Janeiro, durante a qual apresentou precisamente “Video Games” e “Blue Jeans”, foi alvo de violentas críticas e rapidamente considerada “a pior atuação musical de sempre” do programa. A postura rígida da cantora e da utilização de um timbre mais grave que o habitual estiveram na origem das críticas, mas, dando força á máxima “toda a publicidade é boa publicidade”, a polémica não impediu Born to Die de se estrear no primeiro lugar da tabela de vendas britânicas e em segundo no top norte-americano (ficando apenas atrás do blockbuster 21, de Adele). Em dois anos, o álbum acabou por vender mais de 7 milhões de cópias de exemplares um pouco por todo o mundo. O single “Summertime Sadness” foi alvo de uma remistura assinada por Cedric Gervais e o tema subiu até ao sexto lugar da tabela de singles norte-americana em 2013. Permanecendo até hoje o seu maior sucesso do lado de lá do Atlântico.


3. Dan Auerbach, de detrator a produtor

Do ódio ao amor vai um pequeno passo e prova disso é a forma como Dan Auerbach passou de assumir que não era fã de Lana Del Rey a produtor de Ultraviolence, álbum editado em 2014. Dois anos antes, questionado sobre a artista pela MTV, o músico dos Black Keys respondia: “já vimos esta coisa da Lana Del Rey várias vezes desde que começámos. De repente, vemos uma nova banda a ser cabeça-de-cartaz de festivais e ficamos ‘espera, como é que eles conseguiram?’. Andamos aqui há dois, três, quatro, cinco anos e ainda estamos a batalhar para chegar ao topo. Mas depois, da mesma forma que rapidamente chegam lá acima, desaparecem”. Em maio do ano passado, um mês antes de Ultraviolence ser editado, Auerbach desbobrava-se em elogios numa revista á Rolling Stone: “ela é uma verdadeira excêntrica e é extremamente talentosa. Tem uma visão clara daquilo que é e daquilo que quer ser, mas musicalmente e visualmente, o que é fixe”. Os dois conheceram-se através de um amigo em comum, “passámos algum tempo juntos, falámos sobre música e percebemos que tínhamos coisas em comum”. Auerbach convidou a artista para o seu estúdio de Nashville e acabaram por passar duas semanas a gravar o álbum.


4. David Lynch e outros filmes

A influência do cinema no trabalho de Lana Del Rey é mais que óbvia e um dos seus grandes ídolos é David Lynch. Quando a artista gravou uma versão de “Blue Velvet”, clássico dos anos 50 que inspirou o filme de 1986 com o mesmo nome, o realizador declarou: “a Lana Del Rey é muito carismática e parece ter nascido noutra época. Tem algo que cativa as pessoas. E não sabia que ela era influenciada por mim!”. A ligação direta da artista ao cinema começou em 2013, quando gravou “Young and Beautiful”, para o filme “O Grande Gatsby”. Desde então, cantou “Onde Upon A Dream” para Maléfica (2014), “Big Eye” e “I Can Fly” para “Olhos Grandes” (2014) e “Life Is Beautiful” para “A Idade de Adaline” (2015).


5. Lana, a antifeminista

“O luxo que temos enquando geração mais nova é o de sermos capazes de descobrir para onde queremos ir a seguir, por isso disse coisas como “não me concentro no feminismo, ma sim no futuro””. É desta forma que Lana Del Rey se defende de quem a acusa de ser antifeminista, na sequência de declarações feitas no ano passado em entrevista á publicação nova-iorquina The Fader. Recentemente, em conversa com o ator James Franco, para um artigo da revista V, explica: “não quis dizer que não há mais trabalho a fazer nessa área. Testemunhei, ao longo da história, a evolução de tantos movimentos e agora estou na linha da frente e novos movimentos tecnológicos. Não quero desvalorizar outros assuntos… Mas sinto que isso é óbvio e acho que nem deveria ser preciso abordar esse tema”. As declarações na origem da polêmica: “simplesmente, para mim, o feminismo não é um conceito interessante… Sempre que falan de feminismo fico tipo, “não estou assim tão interessada”. Interesso-me mais pelo SpaceX ou Tesla, pelas nossas possibilidades intergalácticas.


6. Honeymoon, um doce de álbum

O terceiro álbum que edita enquanto Del Rey chegou recentemente ás lojas e se está longe da postura mais pop adotada em Born to Die também não está particularmente longe do registo mais negro de Ultraviolence. “Honeymoon é a palavra que melhor resume o derradeiro sonho”, defendeu a artista a James Franco, “a vida é uma lua-de-mel, sabes? Vida, amor, paraíso, liberdades… Isso é eterno”. Numa outra entrevista, á Radio 1 da BBC, explicou que o disco foi gravado integralmente na Califórnia. “Não viajei muito”, diz, “trabalhei como o mesmo tipo que fiz os dois últimos álbuns, o Rick Nowels, no estúdio dele em Santa Mónica”. Depois de assumir que considera “honeymoon” “a palavra mais romântica de todas”, Dele Rey fala também da sonoridade mais arriscada: “quando comecei sabia exactamente aquilo que queria fazer, mas quando tentei tornar tudo mais grandioso aconteceu o contrário. As canções mantiveram-se mais fora mas a produção aumentou o volume. É dai que vem aquela sensação meio alucinada. Tem quase um toque de psicadelismo e está mais afastado do pop”.


 
 
 

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